25 de Abril - a revolução dos cravos
Depois de uma Lua Nova potente (por aqui os sonos foram muito leves, mas noites com sonhos bem vívidos), o calendário lembra-nos de um dos dias mais importantes para Portugal, os Portugueses e a sua alma: o chamado Dia da Liberdade.
Um dia que marca tempos de revolução. De dizer basta. De dizer sim à vida e à plenitude, que mais de um potencial, é a natureza do ser humano e de tudo, na verdade.
Tão a propósito da época em que estamos, este dia tem o potencial de, todos os anos, relembrar a todos os Portugueses quem nós somos na verdade: liberdade, grandiosidade, unicidade, fraternidade, acção, e tanto mais.
Que a tradição se vista de revolução e se transforme num abrir de olhos à nossa Natureza fantástica e tão bonita. As tradições de estarmos juntos, de sermos uma família grande e poderosa que luta por aquilo que acredita. Um país que não se conformou, mas que se esqueceu disso.
Que a conformidade caia em desuso e que a a verdadeira paixão e fogo se revelem novamente e de uma forma nova e revolucionária.
Que todos os nossos corações rebentem e espalhem o fogo e todo o seu poder por cada Português e todos os arredores.
Que as nossas vozes cantem o que na realidade nós pensamos.
Que as nossas mãos façam o que o coração bate por.
Que os nossos pés caminhem e façam os caminhos que esta paixão pede há tanto tempo.
Que a voz não se cale por medo e desconfiança.
Que a verdadeira confiança, paixão, amor e resiliência contamine o sangue de cada português e que tenha os efeitos devidos: a expressão divina da liberdade em cada uma das pessoas. Pois cada um dos nossos corações bate por vida.
Então respondamos todos a esta vida que somos na realidade. Uma vida incendiada por tradições poderosas e por um povo que se une por algo maior, um povo que não se resigna ao que os outros dizem, um povo que pensa e questiona, um povo que ama, um povo que arde de paixão, um povo que transforma o que não serve mais, um povo que tem tanta sabedoria e que a pode por ao seu serviço.
Que o esquecimento caia em desuso e que o questionamento e a acção prevaleçam de novo e de uma forma nova.
Agora, olha-te ao espelho.
Reconheces isto tudo que eu digo?
E o cravo?
O nome científico é Dianthus caryophyllus. Dianthus é a combinação de duas palavras latinas: "dios" como deuses e "anthos" como flor - a flor dos deuses.
Alguns acreditam que o nome da flor veio dos antigos romanos que usavam cravos como grinaldas. Dizem que o nome vem de "corona", a palavra romana para flor. Outros dizem que vem da palavra latina "caro" que significa carne, ou incarnação, significando a incarnação de Deus em carne.
As lágrimas de Maria quando Jesus foi crucificado e que caíram no chão, brotando depois como cravos.
A simbologia de um grande sim.
Uma flor, definitivamente, significativa.
Em tempos do vírus Corona este cravo, símbolo da revolução em Portugal, mostra como tudo é possível!
Como podemos encarnar o Sim revolucionário que somos e responder a algo maior, em Amor e Consciência.