Domingo de Ramos

10-04-2022

Domingo de Ramos

Um dia bem especial aqui em casa.

Em recordação de ramos com os padrinhos e as madrinhas.

Quem eles foram, quem eles são.


Um semana antes da Páscoa.

Tradições cristãs que foram mais do que cristãs, mas que assim transformadas, criaram outras tradições.

Para mim, o mais importante são as tradições que fazem sentido.

As plantas fazem-me sentido.

A família faz-me sentido.

Então hoje, não só me faz sentido como me traz muitas contemplações num honrar da tradição que fica... fica para sempre, nem que seja no meu coração.


🌹 A rosa (leste a meditação de ontem? Faz sentido agora?); uma roda de santa Teresinha, a primeira aqui no terreno. Planta que veio dos meus pais e que me lembra a jovialidade e a minha avó. O Amor e a transparência de um coração aberto.

🌿 O alecrim, a limpeza e a prosperidade, a clareza mental e a assertivo da de.

🍃 O Loureiro, a protecção e a abundância. A limpeza profunda e a ligação às raízes.

🌾 O Salgueiro, no movimento das águas e dos ventos, a adaptação ao que surge no dia a dia.

🌳 A oliveira é a paixão, a entrega sem medidas, o ouro em todos os momentos e a acção.

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Já colheste o teu ramo?

Quem bênçãos te traz?

Com quem o partilhas?

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“Domingo de Ramos (in ilo tempore) ©
Dias antes já era uma azáfama, um louvar a Deus de preocupações e alegrias. O corte do loureiro e enfeitá-lo não era menos preocupação para os rapazes do que o lavar das casas para as mulheres. «A limpeza Deus a armou» diziam as mais velhas, e assim teria que ser para dali a dias receber o Senhor. Escova de aço nas mãos, sabão azul e os joelhos em penitência a lavar o sobrado. Os aspiradores eram naquele tempo ficção científica.A maior altura do loureiro que os rapazes levavam era o record a alcançar. Mas quanto mais alto, mais peso, por isso os mais velhitos tinham vantagem. À porta da igreja tinham que os baixar para entrarem convenientemente; o entusiasmo era maior do que a altura! Estava ali a representação bíblica, à maneira da aldeia, de gente simples mas autêntica. Era a nossa entrada triunfal em Jerusalém. Lá dentro, alguns loureiros roçavam o tecto da igreja perante alguma preocupação do padre que começava a celebrar a missa, não fosse a pontareca de algum ramo bater no azeite das lamparinas. Depois a água benta chegava a todo o lado no momento próprio. Quanto às mulheres, não tinham problemas, pois os raminhos que levavam quase cabiam debaixo das mantilhas.À saída o entusiasmo não era menor do que aquele que tinha entrado uma hora antes. É que para o Domingo de Páscoa faltava uma semana e já se pensava no junco e no rosmaninho.
Eduardo Aroso ©
Domingo de Ramos, 2017”