Lua nova

Lua nova

Que não se vê, mas que, de alguma forma, cintila.

Forte, não subtil, que se faz notar, ouvir, sentir.

É mesmo uma lua de sementeiras: concretizações e desejos.

Mas que não vêm de um ser separado.

Que nos mostram que estamos mesmo ao serviço, e que, se isso evitarmos, sofremos.

Deixa-te ser apenas.

Olha-te e sente-te e ouve-te. Saboreia-te.

E "te" é Deus sabes?

Deusa, Luz, Universo, Amor.

Numa entrega plena, em satisfação e num largar de tudo o que te limita.

Porque tu te escolhes limitar-te.

Em cada semente colocada em terra fértil, testemunharás o infinito.

Na própria sementeira, na terra, na água, no crescimento... em tudo, Deus é.

Tu és.

Olha-te e vê-te.

Vê o infinito de cores e variedade.

O infinito de felicidade e criação.

A Lua nova pode não se ver, mas ela permite-te ver o visível e o invisível.

O concreto e o inimaginável.

A separação como ilusão.

A unidade como verdade.

O não dual, o um.

A aceitação do infinito em si.

O leque de possibilidades.

Senta-te na simplicidade e ouve.

Uma Lua de ouvir e uma Lua de responder.

Porque essa és semente, não só para este ciclo lunar, mas para o resto da vida.

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