Recusa

Recusa
Na medicina deste terreno aprendo a recusa.
A ver e a respeitar limites.
Porque a verdade é a verdade.
Abro os olhos e o coração.
Deixo-me invadir, contagiosamente, pelo amor.
Amor a ser a verdade.
A querer a plenitude dos humanos nos seus potenciais.
É a tília que me acalma.
O alecrim que drena e me prepara para largar mais.
Vem aí uma semana de intensidade.
De trabalho cerebral.
De corpo que vai lento, porque sangra.
Porque a sabedoria vem ao de cima e nem sempre é agradável.
Mas é certo.
Recuso- me a calar a voz das plantas.
De uma sabedoria ancestral tão profunda.
Que sabe responder às calamidades mundiais.
Uma sabedoria disponível.
Se me pus ao serviço, não posso agora ignorar.
Ligo-me aos ossos.
À medicina desta estação que pode mudar, mas que nunca morre.
Ouço e respeito.
Os Javalis que ensinam a recusa do desrespeito.
Das plantas que chamam numa voz tão profundamente contínua; sem intervalos nem incertezas.
Inundo-me na malva celestial.
Escassa, mas aberta em flor.
De mucilagem tão boa para o intestino.
Anda sinto o sabor do plantago.
A sua adstringência que é fascinante e tão curativa.
Chega ao coração e convence as bichesas a partirem.
Abençoadas plantas.
Abençoados verdes silvestres.
Abençoado solo que as sustém e nutre.
Abençoados animais que mostram o caminho.
Dedico-me à cura em purificação corporal, em equipa com este seres.
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#awakenedbody