Recusa

23-11-2020

Recusa

Na medicina deste terreno aprendo a recusa.

A ver e a respeitar limites.

Porque a verdade é a verdade.

Abro os olhos e o coração.

Deixo-me invadir, contagiosamente, pelo amor.

Amor a ser a verdade.

A querer a plenitude dos humanos nos seus potenciais.

É a tília que me acalma.

O alecrim que drena e me prepara para largar mais.

Vem aí uma semana de intensidade.

De trabalho cerebral.

De corpo que vai lento, porque sangra.

Porque a sabedoria vem ao de cima e nem sempre é agradável.

Mas é certo.

Recuso- me a calar a voz das plantas.

De uma sabedoria ancestral tão profunda.

Que sabe responder às calamidades mundiais.

Uma sabedoria disponível.

Se me pus ao serviço, não posso agora ignorar.

Ligo-me aos ossos.

À medicina desta estação que pode mudar, mas que nunca morre.

Ouço e respeito.

Os Javalis que ensinam a recusa do desrespeito.

Das plantas que chamam numa voz tão profundamente contínua; sem intervalos nem incertezas.

Inundo-me na malva celestial.

Escassa, mas aberta em flor.

De mucilagem tão boa para o intestino.

Anda sinto o sabor do plantago.

A sua adstringência que é fascinante e tão curativa.

Chega ao coração e convence as bichesas a partirem.

Abençoadas plantas.

Abençoados verdes silvestres.

Abençoado solo que as sustém e nutre.

Abençoados animais que mostram o caminho.

Dedico-me à cura em purificação corporal, em equipa com este seres.

.

#awakenedbody